Investidor aproveitou tombo das moedas digitais para entrar em fundos de índice e até em alguns multimercados
Matéria publicada em 25 de julho de 2022, por Silvia Rosa, Trade Map
A estratégia no mercado conhecida como “Buy the dips”, em que os investidores aproveitam a forte queda dos mercados para comprar ativos com potencial de retorno e que estão com preços descontados, parece ter se aplicado aos fundos de criptoativos listados na Bolsa (os chamados ETFs – Exchange-Traded Funds).
Apesar do tombo das criptomoedas neste ano, com a maior delas em valor de mercado, o Bitcoin (BTC), amargando uma perda de 49% neste ano, os ETFs que investem nesses ativos tiveram captação positiva de R$ 711,7 milhões neste ano na B3, segundo levantamento da Teva Índices feito a pedido da Agência TradeMap.
O fundo multimercado BLP Digital 100, o primeiro portfólio de ativos digitais do Brasil, também teve captação positiva no primeiro semestre, com entradas superando saídas em R$ 2,243 milhões, segundo levantamento do TradeMap.
“Notamos que a maioria dos investidores que estavam nos fundos nossos de criptoativos não sacou e também vimos dinheiro novo entrando, principalmente de institucionais [como fundos de investimentos] aproveitando a queda do mercado”, afirma Glauco Cavalcanti, CEO da BLP Asset.
A gestora tem três fundos que investem em um veículo com gestão ativa no exterior, e a diferença está no tamanho da exposição em ativos internacionais de cada carteira.
Com a correção no mercado de criptoativos, a BLP aumentou a posição nas altcoins, que são moedas digitais com maior volatilidade em relação ao mercado e que podem oferecer mais potencial de retorno quando o ambiente de aversão a risco estiver mais calmo.